quarta-feira, 22 de julho de 2015

A sua semente


Eles semeiam vento e colhem tempestade. 
Oséias 8:7a

Lembro-me bem nos primeiros anos da escola, quando a professora de ciências nos incentivava a plantar. Sempre gostei de plantar feijões no algodão. Sendo tarefa de casa ou não, pegava meu pote de margarina, algodões e dois feijões enquanto minha mãe os escolhia para cozinhar. Todos os dias eu os regava e olhava o quanto haviam crescido, era incrível a sensação, pensava "eu plantei, ela está crescendo e um dia será uma grande árvore de feijões"; tenho um amor singular pelas crianças, especialmente pela criança que eu fui. 

Era inevitável que depois de alguns dias a semente virasse um broto, até que o formato de planta começasse a surgir, e meu riso frouxo era certo. Plantei sementes de feijão, o que eu esperava que nascesse? Feijões! Crianças são mais espertas do que as pessoas grandes. 

Quantas vezes plantamos palavras de fel e esperamos devotamente que nosso jardim se encha de cores? Plantamos egoísmo e esperando uma mão, ou cinismo esperando sinceridade. Plantamos desesperança cansados de esperar o amor florescer. Esperar. Enquanto regava meus feijões esperava pacientemente o crescimento deles. Quando plantamos gentilezas, abraços, sorrisos e amor, é preciso de um intricado acompanhamento diário, onde você o rega todos os dias, até que possa ver um pequeno broto, um ramo, um galho, folhas, um botão e então uma flor. E depois que essa flor nasce ainda teremos o prazer em esperar que a fruta apareça, e então o amor poderá alimentar outros. Você vive o que você planta. Qual é a sua semente? 
                                 

Com amor e pelo Amor,
                                                   Joicy Vakiuti 

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