L U C A S 1 5 : 1 1 - 2 4
"Mãaaae, posso lavar meu cabelo?"," Posso comer doce antes do almoço?","Posso fazer a tarefa de casa depois que eu brincar lá fora?","Pai, canta para eu dormir","Eu só sei andar com as rodinhas, não me solta!"
Lembra quando disse todas essas palavras, Catarina?
O tempo voa mesmo, e assim como ele, você criou asas. Saiu de casa, esqueceu o lar, esqueceu o Pai. Agora pode fazer o que quer, e quando quer. Você pode correr a maratona sozinha agora, pular os obstáculos sem ninguém te pegar pelo braço, afinal, agora você é independente, é dona do seu nariz, pode se virar sozinha.
Porém, com esse mesmo tempo ao qual falávamos, a sola do seu tênis de corrida se desgasta, a água acaba e não tem ninguém para enchê-la para você. As outras pessoas esbarram e te deixam machucada. Você soa, e se cansa. O que antes era uma corrida com contida velocidade, gradativamente se torna uma caminhada. E com os seus pés cansados, o suor escorrendo por sua pele, a garganta sedenta, o cadarço desamarrado; como mesmo é que amarra?
Então você respira fundo, decide dar meia volta, sim, de volta para casa. "Que saudade do meu Pai!"
"Mas será que Ele me quer de volta? Será que Ele ainda me ama? Vou pedir para Ele apenas um gole d'água, talvez não possa mais chamar aquele lar de minha casa..."
Pode uma mãe esquecer um filho? Mesmo que isso aconteça eu não me esquecerei de você, diz o Senhor!
Entre lágrimas e soluços:
- Pai, eu vou tropeçar, amarra os meus cadarços?
Era tudo que Ele queria ouvir, saber que Ele pode cuidar de novo de você, que pode ajudá-la nas decisões que precisa tomar, que pode enxugar suas lágrimas e preparar seu jantar.
Sabe Catarina, o mundo tem muitos tipos de abraços a te oferecer, mas nada se compara ao afago do Pai, não se esqueça disso.
Com amor e pelo Amor,
Joicy Vakiuti
Joicy Vakiuti
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